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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Auxiliar de senador é demitido após suposta postagem sugerindo morte de Lula

Ideraldo Barata, que tinha cargo comissionado no gabinete de Lucas Barreto (PSD-AP), afirmou à Coluna do Estadão não ser dono da conta no X e que denunciou à polícia ser vítima de falsidade ideológica

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Foto do author Eduardo Gayer
Atualização:

O senador Lucas Barreto (PSD-AP) demitiu nesta quarta-feira, 17, o ajudante parlamentar Antonio Ideraldo Barata Chagas. A exoneração foi oficializada após um perfil no X (ex-Twitter), com foto e nome do auxiliar, fazer uma postagem sugerindo a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Chagas nega que seja dono da conta. À Coluna do Estadão, ele afirmou ter denunciado à polícia ser vítima de falsidade ideológica.

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A conta @VazaRandolfe — que assina como Ideraldo Barata e tem a foto do servidor demitido — publicou em 14 de julho uma montagem de Lula, em um caixão, com a legenda “Quem mais sonha com essa cena?”. Desde 18 de abril de 2023, quando foi criado, o perfil faz postagens críticas ao governo federal e à esquerda.

Tenente da Polícia Militar do Amapá na reserva remunerada, Ideraldo Barata nega a autoria das postagens. O fato de a conta no X ter apenas 7 seguidores, e seguir apenas outros 12 — incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro — é apontado por ele como um indício de perfil fake. “Tenho uma conta no TikTok que tem 21 mil seguidores, a do Instagram tem 15 mil, meu Facebook tem quase 4 mil”, afirmou.

À Coluna do Estadão, o senador Lucas Barreto disse que exonerou o auxiliar para que ele possa se defender. E não descartou readmiti-lo no gabinete, caso a inocência seja provada.

A postagem com a foto de Lula repercutiu nos grupos de WhatsApp em Brasília desde segunda-feira. O senador Otto Alencar (PSD-BA) chegou a procurar Lucas Barreto.

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Assim como Barata e Lucas Barreto, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), é do Amapá. Filiado ao PSD, o tenente da reserva tentou ser candidato a deputado estadual em 2022, mas teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral. À época, ele respondia por processo administrativo.

Ideraldo Barata Foto: Ideraldo Barata
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