O líder do PSD na Câmara, Antonio Brito (BA), tem sido tratado entre os correligionários como “presidente”. Em recente evento em Brasília, o presidente do partido, Gilberto Kassab, anunciou que vai lançar o baiano para disputar a vaga de Arthur Lira (PP-AL), em 2025, e trabalhar para compor apoio a Davi Alcolumbre (União-AP) para a presidência do Senado.
Hoje, três nomes despontam na Câmara, todos do Centrão. Além de Brito, Elmar Nascimento (União) e Marcos Pereira (Republicanos) aparecem como pré-candidatos. Em comum, eles são próximos a Lira, principalmente Elmar. Agora, só o PSD é base declarada de Lula, embora União e Republicanos tenham ministérios. Com isso, nos bastidores, Brito ganha a simpatia de partidos como PT, PSB PDT.
Mas, o PT do presidente Lula da Silva, embora não fale abertamente do tema, ainda espera o surgimento de um nome organicamente alinhado ao Planalto.
Brito não quer alarde sobre a pré-candidatura
Por enquanto, segundo interlocutores de Brito, a preocupação do deputado tem sido manter uma corrida low profile, concentrada em gestos. Ele organiza viagens de trabalho com parlamentares e gosta de discutir temas comuns tanto para a base governista quanto para a oposição, como a manutenção das Santas Casas.
Brito não quer ser visto como alguém que entrou em campanha antecipada. O parlamentar deixa claro a interlocutores que, apesar de não ter o perfil de Arthur Lira, não quer ser encarado - nem de longe - como um inimigo do atual presidente da Câmara.
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