A regulamentação da reforma tributária entrou nas conversas entre Congresso e governadores sobre o projeto de lei que propõe uma renegociação da dívida dos Estados. Parlamentares avaliam a possibilidade de um acordo entre Senado e Câmara para dar andamento às duas pautas.
De um lado, os senadores acelerariam a análise do primeiro texto da regulamentação da tributária, aprovado em regime de urgência na Câmara. De outro, os deputados ajudariam a aprovar, nas duas Casas, o projeto do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), para repactuar as dívidas dos Estados. Governadores com caixa comprometido já foram aconselhados a acionar parlamentares aliados. Mas as tratativas só vão ganhar tração em agosto, após o recesso do Congresso.
O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), é um dos que estão com a chance desse acordo no radar. Na quarta-feira passada, ele esteve em Brasília para discutir o projeto da renegociação da dívida com Pacheco e com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). O Rio é um dos Estados mais endividados do País e procura modular o texto. Procurado, Castro não comentou.
A aliados, Lira diz que está aguardando as tratativas do Senado sobre a renegociação das dívidas dos Estados. Para um interlocutor, o recado é claro: é preciso destravar a tributária. O presidente da Câmara fez uma grande mobilização para aprovar entre seus pares o primeiro texto da regulamentação da reforma antes do recesso, e agora espera o mesmo empenho por parte dos senadores.
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