O dano que o ‘não depoimento’ do tenente-coronel Mauro Cid na CPMI do 8 de janeiro, nesta terça (11), causou ao Exército já estava precificado. Desde que a instituição foi contaminada por ações isoladas de alguns de seus integrantes envolvidos nos atos golpistas, há um entendimento na cúpula militar de que as acusações contra Cid são as que mais prejudicam a imagem das Forças Armadas. Então, a cada capítulo superado da investigação, há um certo alívio.
No entanto, desta vez surgiu uma nova agonia: a quebra de sigilos dele aprovada pelos parlamentares da comissão. O temor é de que, na CPMI, os dados vazem e possam revelar novidades que ainda estão guardadas no Supremo Tribunal Federal (STF) sem divulgação.
“Na quebra de sigilo, se ele estiver errado, vai pagar por isso”, avisa um militar de alta patente, com trânsito no QG, mas sem negar o grau de apreensão.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.