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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

BNDES impulsiona crédito a empresas e faz o contraponto de Mercadante a Campos Neto

Financiamento a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) cresceu 53% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2022

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Foto do author Eduardo Gayer

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) embalou o acesso a crédito das micro, pequenas e médias empresas no País. Dados obtidos pela Coluna mostram que, somente no primeiro semestre de 2023, o banco viabilizou R$ 43 bilhões ao segmento entre financiamentos com recursos próprios (R$ 18,9 bilhões) e garantias (R$ 24,1 bilhões), incluindo o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (FGI-Peac).

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Outros R$ 11 bilhões estão reservados para este terceiro trimestre, sendo que R$ 2,4 bilhões já foram viabilizados.

Na prática, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, acaba por fazer um contraponto ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Isso porque o presidente Lula conta com o banco público para fortalecer o crédito no Brasil enquanto o BC resiste a reduzir os juros - o que, para o petista, trava a roda da economia.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ex-senador e ex-ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff (PT). Foto: José Cruz/Agência Brasil

“As micro, pequenas e médias empresas são fundamentais para a geração de emprego e renda no Brasil. Por isso, o BNDES está alavancando o apoio a elas, seja por meio de empréstimos ou fornecendo garantias para outros bancos emprestarem”, afirmou Mercadante à Coluna, salientando que o impulso do banco tem sido feito sem subsídios.

Fortalecer o FGI-Peac é uma pauta de interesse dos bancos junto ao governo. O BNDES gere as garantias do programa, destinado a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), e repassado através de bancos comerciais.

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Segundo apurou a Coluna junto a fontes do Palácio do Planalto, os números do BNDES têm deixado Lula satisfeito. Também por essa razão, não há possibilidade, hoje, de a instituição entrar no pacote a ser oferecido pelo governo ao Centrão. Entre os bancos públicos, a reforma ministerial deve incluir somente a Caixa.

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