O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) indicou o assessor de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Mathias Alencastro, para o Conselho de Administração da Naturgy, antiga CEG, a companhia distribuidora de gás do Rio de Janeiro. Segundo apurou a Coluna do Estadão, o BNDES pediu ao conselho da empresa a aprovação do indicado com urgência.
Se aprovado, Alencastro ganhará um salário mensal da empresa de R$ 19.461. Até setembro, a vaga era ocupada por Silvio Almeida, ex-ministro de Direitos Humanos demitido por denúncias de assédio sexual. Uma das vítimas teria sido a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Silvio nega as acusações.
O BNDES tem 59 conselheiros indicados em conselhos de administração e fiscal de 28 empresas do País nas quais tem participações acionárias. Procurado, o Ministério da Fazenda não comentou a indicação de Alencastro.
No conselho de administração da Naturgy, o banco já emplacou os seguintes nomes: o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro; o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim; e o secretário executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto. Alencastro deve completar o quarteto desfalcado com a saída de Silvio Almeida.
Na metalúrgica Tupy, por exemplo, os indicados são os ministros Carlos Lupi (Previdência), Vinicius Carvalho (CGU) e Anielle Franco. O presidente do IBGE, Márcio Pochmann, ocupa uma vaga no conselho de administração da biofarmacêutica Biomm; e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, uma assento no conselho da empresa de soluções digitais BRQ.
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