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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Bolsonaro reage à cobrança para liderar oposição e estreita relação com senadores do PL

Ex-presidente esteve com parlamentares num jantar em Brasília, para receber o novo integrante da sigla

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Cobrado a participar mais das discussões e liderar a oposição no Senado, o ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu e tenta azeitar a relação com os senadores do PL. De acordo com interlocutores, ele tem promovido encontros informais esporádicos, sem discurso, com foco em estreitar as relações pessoais entre os nomes do partido. E tem funcionado. Congressistas ouvidos pela Coluna do Estadão se dizem satisfeitos com o canal aberto com o ex-presidente e se sentem mais à vontade para consultá-lo na rotina da Casa.

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O encontro mais recente foi na noite dessa terça-feira, 06. Bolsonaro convidou os senadores do PL para um jantar, em Brasília, de boas vindas ao senador recém-empossado Beto Martins (PL), de Santa Catarina. Ele é o suplente da senadora Ivete da Silveira (MDB), que pediu licença do cargo por 120 dias.

Participaram o líder da oposição na Casa, Marcos Rogério (RO); o líder do PL, Carlos Portinho (RJ), o senador licenciado e secretário-geral da sigla, Rogério Marinho (PB); o ex-senador e atual governador de Santa Catarina, Jorginho Melo; o senador Izalci Lucas e mais representantes da sigla.

O movimento ocorre num momento em que os senadores se articulam para a eleição à presidência da Casa. O PL, que na eleição passada lançou Rogério Marinho, tende a fazer acordo para apoiar Davi Alcolumbre (União-AP), em troca de espaço na Mesa Diretora do Senado.

Bolsonaro começou a ser criticado pela oposição já no início do governo Lula, quando passou três meses nos Estados Unidos, retornando somente no final de março de 2023. Antes de voltar ao Brasil, o ex-presidente chegou a afirmar que não lideraria a oposição, atitude que fragilizou o grupo no Congresso Nacional.

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O ex-presidente permaneceu apático até julho. Naquele momento, um mês após se tornar inelegível, Bolsonaro entrou de maneira açodada na discussão da reforma tributária e tentou travar o apoio de deputados e senadores à proposta, mas falhou porque não tinha criado a devida relação com a bancada, como reclamou a bancada bolsonarista na ocasião. Desde então, ele voltou a trabalhar no engajamento da militância, cujo ápice foi um ato que ocupou sete quarteirões na avenida paulista.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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