O pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, quer driblar as resistências de setores econômicos ao seu nome. A estratégia será iniciada agora em maio. O psolista tem sido orientado a fazer um beija-mão na Fiesp - Federação da Indústria do Estado de São Paulo, em reuniões com os 14 setores da instituição.
O presidente do Conselho do SESI, Vagner Freitas. Ex-presidente da CUT, se ofereceu para fazer a ponte.
Vagner costuma lembrar com empolgação que apresentou Boulos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início de sua atuação em movimentos sociais. Agora, ele aposta que conseguirá abrir essa interlocução do candidato com os setores econômicos também.
“O Boulos de hoje é muito mais preparado, conhecedor dos problemas da cidade. Ele é aberto ao diálogo e abadonou radicalismos”, disse Vagner à Coluna do Estadão.
O entorno de Guilherme Boulos aposta que a composição com Marta Suplicy também servirá de vacina para superar vulnerabilidades do pré-candidato. A dificuldade de diálogo com a Faria Lima é uma delas. “Quando ele conversar olhando no olho, tenho certeza de que vai driblar essa resistência”, avalia Vagner.
Entrar na pauta da segurança pública também é desafio para Boulos
Recentemente, Boulos entrou na briga pela pauta da segurança pública. O tema será um dos principais da campanha deste ano e mobiliza todos os seus adversários, mas não é associado como bandeira do psolista entre os eleitores.
No início deste ano, Boulos foi à Rua Santa Ifigênia, no centro da capital, para conversar diretamente com os comerciantes que estão abalados com a onda de crimes na área e reclamam do avanço de moradores da Cracolândia, pauta sensível na campanha do PSOL. Ele disse ter sido convidado pelos lojistas que queriam apresentar suas demandas e que apresentará um plano de revitalização do Centro.
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