EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

‘Braga Netto tem explicações a dar’, diz general rompido com Bolsonaro

General Braga Netto foi preso pela PF; general Paulo Chagas foi o candidato de Bolsonaro ao governo do DF em 2018 e depois rompeu com o ex-presidente

PUBLICIDADE

Foto do author Eduardo Barretto
Atualização:

O general Paulo Chagas, candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro ao governo do Distrito Federal em 2018, afirmou neste sábado, 14, que o general Braga Netto, preso mais cedo pela Polícia Federal (PF), tem explicações a dar à Justiça. A PF apontou que Braga Netto foi uma figura central na suposta tentativa de golpe de Estado no País em 2022. 

PUBLICIDADE

“O Braga Netto tem explicações a dar. Tem que torcer para que ele tenha uma explicação plausível, que seja aceita pela Justiça. É triste ver isso. Vemos no noticiário que deixou de ser uma tentativa de golpe militar para ser uma tentativa de golpe de militares, incluindo o Braga Netto. As Forças Armadas, como instituição, não se meteram”, disse Chagas à Coluna do Estadão.

Chagas se formou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) em 1971, sete anos antes de Braga Netto. Conheceu o colega na carreira militar. Em 2018, Paulo Chagas apoiou Bolsonaro e foi seu candidato ao governo do Distrito Federal. Durante o governo Bolsonaro, contudo, rompeu com o então presidente. Chagas disputou, sem sucesso, a Câmara dos Deputados em 2022 pelo Podemos, partido de Sergio Moro à época.

General Braga Netto, preso na Polícia Federal, na zona central do Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Ex-vice na chapa de Bolsonaro em 2022, ex-ministro e ex-integrante da cúpula do Exército, o general Braga Netto foi preso pela PF na manhã deste sábado, 14, no Rio de Janeiro. A PF também cumpre mandados, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília, contra outras pessoas suspeitas de dificultarem a produção de provas durante o processo. 

A Polícia Federal indiciou Braga Netto, Bolsonaro e outros 38 no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado. O indiciamento foi baseado na Operação Contragolpe, cujo relatório da PF cita Braga Netto 98 vezes. A defesa de Braga Netto nega irregularidades. 

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.