A escolha do senador Ângelo Coronel (PSD-BA) como relator-geral do Orçamento de 2025 é a carta na manga do deputado federal Antonio Brito (PSD-BA) para ganhar o apoio do Centrão na corrida pela presidência da Câmara. O Orçamento é elaborado em uma Comissão Mista, que reúne deputados e senadores.
Coronel e Brito são aliados de primeira hora, filiados ao mesmo partido e vêm do mesmo Estado, a Bahia. Nos bastidores, lideranças do PSD afirmam que Coronel vai colocar a sucessão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na mesa de negociações do Orçamento, ciente de que o Centrão quer um acordo para favorecer os municípios na definição da Lei Orçamentária.
Como mostrou a Coluna do Estadão, Brito tem ganhado terreno junto aos bolsonaristas mais radicais apesar de ser o nome do governo Lula para presidir a Câmara a partir de 2025. Se fisgar o Centrão com a ajuda de Coronel, dizem aliados do deputado baiano, ele se firma como favorito a comandar a Casa.
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Parlamentares próximos às negociações lembram que Lira, no ano anterior à sua primeira eleição para a presidência da Câmara, emplacou aliada Flávia Arruda (PL-DF) na presidência da Comissão Mista do Orçamento (CMO).
De acordo com relatos, a definição de Ângelo Coronel como relator-geral do Orçamento foi um fechada em uma reunião entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que também é do PSD, e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Davi Alcolumbre, uma das figuras mais poderosas do Congresso.
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