Articulador nato, bem à moda de seu partido, o PSD de Gilberto Kassab, o deputado federal Antônio Brito (BA) oferece sua boa relação com os poderes — e os diferentes espectros políticos — como um ativo para comandar a Câmara em 2025. Mas o estilo “sem arestas a aparar” não se confunde com subserviência. Ao contrário: o parlamentar baiano busca se apoiar do legado de Arthur Lira (PP-AL), um dos presidentes da Casa mais fortes da história, para sucedê-lo.
“Arthur Lira é muito firme. Firme nos compromissos pactuados, na elaboração do Orçamento, na independência da Casa. Eu não seria diferente. Darei continuidade ao trabalho do Arthur, com independência, diálogo e harmonia”, afirmou Brito à Coluna do Estadão, revelando as palavras-chave de sua campanha.
Entre as promessas para os colegas, que são os eleitores nessa disputa, está o fortalecimento do colégio de líderes, das bancadas e as frentes parlamentares. Ele quer, é claro, o apoio de Lira, e confia que será escolhido.
O bom trânsito no Palácio do Planalto, porém, virou arma na mãos dos adversários. Entre ele, Elmar Nascimento (União-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP), os principais pré-candidatos à presidência da Câmara, Antônio Brito é o favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nas conversas de bastidores, porém, o líder do PSD é taxativo: é, sim, um governista — da mesma forma que foi com Jair Bolsonaro, Michel Temer e Dilma Rousseff.
“Sempre tive relação com o governo federal pela minha pauta, as Santas Casas. Não tenho dúvidas de que a relação com o governo [se eleito] será autônoma, mas o plenário é sempre soberano”, afirma. “Sou líder do PSD há quatro anos. Uma bancada plural, de centro. A gente constrói com equilíbrio e bom senso, é o que tenho feito nas comissões e na liderança. E é o que a Câmara pode esperar de mim”.
A Coluna do Estadão conversou com os três pré-candidatos à presidência da Câmara que são taxativos na manutenção da candidatura. O espaço segue aberto caso outros nomes confirmem a entrada no pleito.
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