O deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) terá que desocupar o gabinete da Câmara nas próximas horas. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), já disse a interlocutores que, assim que chegar a comunicação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Deltan terá que devolver imediatamente “a carteira funcional, a chave do gabinete, o broche de parlamentar e a assessoria”.
A decisão sobre Dallagnol chegou para boa parte da classe política numa festa que reúne parlamentares e magistrados, em Brasília. O que mais se comentava nas rodas de conversas era que o próximo a ser cassado será o senador Sergio Moro (União-PR). “O fogo quando fere, fere de todo lado”, repetia Lira durante o evento.
Um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) emendava: “só vou comemorar quando o Moro estiver cassado”.
Moro é alvo de uma ação no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), apresentada pelo PL, que pede a cassação de seu mandato. O argumento é que o ex-juiz teria praticado caixa dois e abuso de poder econômico.
Questionado pela Coluna do Estadão se vê na decisão do TSE alguma ameaça ao seu mandato, o senador preferiu não comentar.
Procurado, Lira disse que não vai comentar o assunto e que aguarda orientação jurídica da Câmara.
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