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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Campos Neto conta o que vai pesar para decidir futuro profissional após seis anos no BC

Economista deixou comando do Banco Central na última segunda-feira, 23, passando-o de forma interina ao diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, que será seu sucessor oficial a partir de 1º de janeiro

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Foto do author Célia Froufe

O economista Roberto Campos Neto deixou o comando do Banco Central na última segunda-feira, 23, passando-o, ainda de forma interina, ao diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, que será seu sucessor oficial a partir de 1º de janeiro. Egresso do mercado financeiro, a dúvida agora é qual atividade escolherá após a quarentena de seis meses que precisa cumprir.

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Por ora ele desconversa e diz que, após seis anos de trabalho no BC, só quer saber de descansar com a família pelos próximos meses. Por outro lado, não deixa dúvidas sobre o critério principal que determinará seu futuro profissional.

O economista lembra que esteve à frente da instituição dois anos a mais do que o previsto inicialmente. Isso ocorreu porque, com a aprovação da lei de autonomia operacional da autarquia, os mandatos dos banqueiros centrais não podem coincidir com os dos presidentes da República. Ele foi indicado por Jair Bolsonaro, mas se manteve no cargo nos dois primeiros anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

No café da manhã de despedida com jornalistas, Campos Neto observou que por causa desse período no comando do banco, a mulher e seus dois filhos abdicaram muito de sua presença nos últimos anos, e avaliou que eles têm o direito de decidir os próximos passos.

Campos Neto saiu do BC com o legado de sua autonomia operacional, mas a perdeu em casa. Ele não titubeia ao admitir que sua próxima atuação profissional vai depender do aval da esposa.

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Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto  Foto: Wilton Junior/WILTON JUNIOR/Estadão
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