O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, justificou a nomeação do coronel Klepter Rosa como comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal quando foi interventor na segurança pública. Disse, em nota, que era o caminho natural e que o policial foi efetivado pela então governadora em exercício, Celina Leão (PP). Klepter foi preso nesta sexta-feira, 18, pela Polícia Federal, por suposta omissão durante os ataques à sede dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.
“O então interventor federal Ricardo Cappelli nomeou o coronel Klepter Rosa como comandante-geral interino no dia 10 de janeiro, após exonerar o comandante-geral e mais três subcomandantes. Klepter era o subcomandante-geral, o número 2 na hierarquia, o substituto natural, e desde a noite do dia 8 de janeiro passou a acompanhar o interventor, cumprindo prontamente todas as orientações recebidas”, diz a equipe do secretário, em nota.
Como mostrou a Coluna, aliados de Ibaneis Rocha (MDB) blindam o governador diante das prisões realizadas nesta sexta-feira, que atingiram em cheio a cúpula da PM. Além de Klepter, outros quatro coronéis da Polícia Militar foram detidos preventivamente. Cappelli, que assumiu a segurança pública do Distrito Federal após o afastamento do secretário Anderson Torres e ficou no cargo até o dia 31 de janeiro, tenta se distanciar da indicação.
“O coronel Klepter Rosa foi efetivado no cargo de comandante-geral da PM/DF no dia 14 de fevereiro pela então governadora em exercício Celina Leão, uma vez que o governador Ibaneis Rocha estava afastado pelo STF por suspeita de envolvimento com os atos golpistas. Enquanto Cappelli esteve à frente da SSP/DF todas as informações solicitadas foram atendidas prontamente”, comentou o secretário-executivo do Ministério da Justiça.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.