O Republicanos, partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e que também ocupa o ministério dos Portos e Aeroportos do governo Lula, não vê a hora de o vereador Carlos Bolsonaro (RJ) sair da sigla. Nos bastidores, deixa claro que ele não precisa nem esperar a janela partidária - de 7 de março a 5 de abril - para migrar para o PL sem risco de perder o mandato.
A leitura política entre interlocutores da cúpula partidária é de que ele fará um favor ao Republicanos, que não será mais mencionado em meio ao escândalo da Abin paralela. Nesta segunda, 29, o filho 02 do ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo da investigação da Polícia Federal e, sempre que mencionado, seu nome vem acompanhado da legenda.
Além disso, Carlos nunca foi considerado partidário no Republicanos, não puxou tantos votos como se imaginava na eleição passada, e os arranjos locais no Rio em 2024 apontam para um caminho cada vez mais distante de Bolsonaro.
O Republicanos avança em aliança com o prefeito Eduardo Paes (PSD), apesar da resistência em alguns segmentos da sigla, e seu presidente estadual, o prefeito de Belford Roxo (RJ), Wagner Carneiro, está alinhado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente nacional da sigla, deputado federal Marcos Pereira, silencia sobre a situação. De praxe, ele evita mal estar entre partidos e designa as negociações estaduais para seus representantes em cada unidade da federação. O prefeito Waguinho não comentou.
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