EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia

Cármen evita coquetel de posse no TSE e marca diferenças em relação a Moraes; veja bastidores

De estilo mais discreto, ministra deve fazer cerimônia protocolar na Corte, com menos convidados e sem comes e bebes para o mundo político e jurídico

PUBLICIDADE

Foto do author Weslley Galzo

A esperada mudança de perfil no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob a presidência da ministra Carmen Lúcia, que toma posse nesta segunda-feira em substituição a Alexandre de Moraes, ficará evidenciada desde o primeiro momento. Mais discreta em relação ao antecessor, Cármen optou por uma cerimônia de posse protocolar, com 300 convidados, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e abriu mão de um coquetel para confraternizar com o mundo político e jurídico após a solenidade.

PUBLICIDADE

A decisão da ministra contrasta com o protocolo adotado há dois anos, quando Moraes assumiu o TSE. Em agosto de 2022, o magistrado reuniu dois mil convidados na Corte Eleitoral. Encerrada a cerimônia, ele e a esposa, Viviane de Moraes, passaram horas recebendo cumprimentos. Quem aguardava podia beber vinhos e champagnes, além de degustar massas, risotos e sobremesas. O evento iniciado às 19h foi encerrado pouco antes das 00h.

À época, a posse de Moraes no TSE foi vista como uma demonstração de força às vésperas da eleição presencial. Com a promessa de rigor no combate às fake news, ele reuniu o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros quatros ex-presidentes, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva, que naquele ano elegeu-se para o atual mandato.

Apesar do estilo rigoroso da ministra em suas decisões, a expectativa no governo Lula e no mundo jurídico é que ela mantenha seu perfil menos estridente em relação Moraes, inclusive neste ano eleitoral.

A ministra Cármen Lúcia ao lado do ministro Alexandre de Moraes. Ela sucederá o magistrado no comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  Foto: WILTON JUNIOR/Estadão
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.