A Controladoria-Geral da União (CGU) apurou um prejuízo de R$ 393 milhões aos cofres públicos por meio de operações de combate à corrupção em 2024. Entre as operações está a que prendeu o empresário José Marcos de Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, por supostos crimes na gestão de emendas parlamentares.
A operação da Polícia Federal (PF) deflagrada neste mês contra o “Rei do Lixo”, outros empresários e políticos, começou depois do alerta de técnicos da CGU na Bahia. Os auditores apontaram irregularidades em obras após inspeções em três cidades do estado. Ao todo, a operação apreendeu R$ 3,4 milhões em dinheiro em espécie, três aeronaves, três barcos, 23 carros de luxo e joias.

Segundo as investigações, verbas de emendas parlamentares eram direcionadas ilegalmente pela suposta organização criminosa, por meio do pagamento de propinas. Além do “Rei do Lixo”, ficou preso por uma semana o vereador Francisco Nascimento, que jogou dinheiro pela janela antes de ser detido pela PF. Nascimento é primo do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), que não é investigado. Os suspeitos negam irregularidades.
Em 2024, a CGU fez 47 operações contra a corrupção, dez a mais do que em 2023. O prejuízo apurado neste ano, de R$ 393 milhões, foi R$ 147 milhões maior do que em 2022, último ano do governo Bolsonaro.