A Controladoria-Geral da União (CGU) criará nesta quarta-feira, 4, uma força-tarefa para apurar casos de assédio no governo federal, especialmente denúncias de assédio sexual. O grupo terá 30 servidores especializados nessas investigações.
Em setembro, Silvio Almeida foi demitido do cargo de ministro dos Direitos Humanos após ter sido acusado de suposto assédio sexual contra mulheres, entre elas a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Almeida nega irregularidades.
A Polícia Federal e o Ministério Público do Trabalho abriram inquéritos para apurar o caso. A CGU não investiga ministros.
A força-tarefa da CGU vai centralizar e priorizar a apuração de casos de assédio sexual de funcionários de alto escalão de ministérios e outros órgãos federais. Na quinta-feira, 5, os servidores federais receberão uma nova edição do Guia Lilás, guia de combate ao assédio moral e sexual no serviço público.
No mês passado, a CGU demitiu um ex-dirigente da Caixa Econômica Federal por práticas de assédio sexual e moral em 2021 e 2022, durante o governo Bolsonaro. O ex-dirigente está proibido de assumir cargos de confiança por oito anos.
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