Dezesseis entidades da advocacia saíram em defesa de Ives Gandra Martins, após o jurista ser citado em uma espécie de “roteiro do golpe” encontrado pela Polícia Federal no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A nota trata como “ilações inverídicas” a versão de que o documento apontaria para a participação do advogado em um projeto de golpe.
“Vivemos dias de destruição de reputações, dias em que a discordância intelectual fomenta a vontade da destruição dos divergentes”, diz o texto. Na visão dos signatários, a interpretação de Gandra Martins sobre o artigo 142 da Constituição, que trata do papel das Forças Armadas na “garantia dos poderes constitucionais”, foi distorcida.
A estratégia traçada no plano em posse de Cid previa que as Forças assumiriam a posição de “poder moderador”, poderiam afastar e investigar magistrados e convocar novas eleições presidenciais. Tal possibilidade não está contemplada na visão do jurista, sustentam seus defensores.
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