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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer

Conflito no Oriente Médio devia ser tratado no Conselhão de Lula, reclama Claudio Lottenberg

Presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Claudio lança livro nesta quarta, 30, sobre o conflito nem Israel. Em nota à Coluna, Planalto diz que conselheiros são ‘figuras expoentes’ sem que seus posicionamentos sejam necessariamente pauta do Conselho ou do governo

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O presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), o médico Claudio Lottenberg cobrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva leve para discussão do Conselho do Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), conhecido como “Conselhão”, o debate sobre o conflito no Oriente Médio. A próxima reunião do grupo será em dezembro.

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O médico, integrante do grupo, reclama da forma como as pautas são pré-montadas e avalia não haver ambiente para propor o assunto. “Até hoje, não me senti confortável para falar. Uma pessoa que é presidente da comunidade judaica não deveria ser ouvida sobre política externa, que está mexendo muito com o mundo?”, indaga.

Em nota enviada à Coluna do Estadão, a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) do governo Lula disse que os conselheiros são “figuras expoentes”, que abordam diversas temáticas, “sem que seus posicionamentos sejam necessariamente uma pauta do Conselho ou do Governo Federal”.

Para o presidente da Confederação Israelita, o Brasil tem relevante papel diplomático e poderia contribuir mais na conciliação, entretanto preferiu guiar-se por bandeiras ideológicas da esquerda.

Nesta quarta-feira, 30, Claudio Lottenberg lança, em São Paulo, o livro Entre a Luz e as Trevas. A obra, publicada pela Citadel Grupo Editorial, apresenta a visão do presidente da Confederação Israelita do Brasil sobre o conflito em Israel. “Mais do que uma questão territorial ou religiosa, há uma reflexão sobre o choque de civilizações”, resume o autor ao falar do livro.

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Claudio Lottenberg, médico e presidente da Confederação Israelita do Brasil (CONIB) Foto: Divulgação/lcagencia

No texto, Lottenberg fala de causas e prováveis consequências do que ocorre no Oriente Médio, suas raízes históricas e as possíveis soluções para uma paz duradoura. “A compreensão aprofundada é fundamental para a construção de um futuro melhor não apenas para todos os envolvidos em tão sangrento e lamentável conflito, mas para toda a humanidade”, resume. A sessão de autógrafos acontece a partir das 17h, na Livraria da Vila do Shopping JK Iguatemi.

Capa do livro “Entre a Luz e as Trevas: por que o conflito entre Israel e hamas importa para você e para todo o mundo”, de Claudio Lottenberg Foto: Divulgação/lcagencia

Confira a íntegra da nota do governo Lula

Os membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) – o Conselhão - são figuras expoentes, que abordam diversas temáticas, sem que seus posicionamentos sejam necessariamente uma pauta do Conselho ou do Governo Federal.

Como presidente do Conselho do Hospital Israelita Albert Einstein, e por sua experiência junto ao Complexo Econômico Industrial da Saúde, Claudio Lottenberg é membro do Conselhão, e será chamado a participar da próxima reunião plenária do colegiado, prevista para ocorrer em dezembro.

As reuniões plenárias do Conselhão são momentos em que o conselheiros apresentam suas principais contribuições ao presidente da República, com propostas em cima de temas definidos previamente pelo conjunto dos conselheiros, sempre com contribuições importantes sobre os mais variados assuntos. Ascom/SRI

Conselhão foi recriado no início do governo Lula em 2023 com versão turbinada

O Conselho do Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, conhecido como Conselhão foi recriado no governo Lula 3 e voltou a ter reuniões desde maio do ano passado. Na atual gestão, o grupo foi turbinado em relação à sua versão original, no primeiro governo do petista. O número de participantes saltou de 82 para 240.

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Neste ano, o grupo passou por uma reformulação de integrantes. Conforme decreto publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU) da quarta-feira, 26 de junho, doze membros do grupo renunciaram aos cargos, dois foram dispensados sem justificativa e três postos foram extintos em razão do falecimento dos ocupantes. Com a vacância de membros, vinte novos integrantes foram designados pelo presidente Lula.

Os postos extintos por falecimento pertenciam à ativista Nalu Faria, ao físico Ennio Candotti e ao empresário Abílio Diniz. Entre as renúncias, figuram os nomes da cardiologista Ludhmila Hajjar e do jurista Floriano de Azevedo Marques, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).