Em defesa da representatividade feminina nos tribunais, as principais mulheres cotadas à próxima vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) assinaram um manifesto em defesa da indicação de Daniela Teixeira ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ligada ao grupo Prerrogativas, a advogada é a única mulher da lista sêxtupla elaborada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Esses seis nomes foram apresentados ao STJ, que por meio de votação no próximo dia 23, vai filtrar três deles para apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem cabe a escolha final.
Daniela Teixeira foi o nome mais votado na OAB, tem apoio do ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, e, como mostrou a Coluna, tentou se aproximar da primeira-dama Janja da Silva em busca da vaga. A advogada já recebeu desagravo de entidades ligadas à luta feminina como a Associação Brasileira das Mulheres de Carreiras Jurídicas (ABMCJ), a Associação Brasileira de Advogadas (ABRA), e Advogadas do Brasil.
O manifesto em apoio a Daniela foi articulado pelo Coalizão Nacional de Mulheres (CNM) e reúne cerca de mil assinaturas, como das advogadas Carol Proner, Dora Cavalcanti, Flávia Rahl, Vera Lucia Santana, além da desembargadora Simone Schriber, e da professora Gisele Citadino. Todas cotadas à sucessão da ministra Rosa Weber no STF, em outubro. Lula tem sido pressionado a escolher outra mulher ao posto, para não acentuar ainda mais a disparidade de gênero na Corte.
Não há certeza, porém, de que o petista fará sua escolha a partir deste critério. Como mostrou a Coluna, o presidente em uma série de indicações a fazer para o Judiciário e pode adotar uma “estratégia combo” para filtrar insatisfações.
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