O senador Renan Calheiros (MDB-AL) quer incluir na CPI da Braskem a investigação sobre suposto superfaturamento na compra do Hospital da Cidade de Maceió com custo avaliado em R$ 266 milhões. O novo complexo envolveu a desapropriação do Hospital do Coração e essa negociação está sendo questionada. Ele alega haver suspeitas de que a compra teria envolvido recursos da indenização paga pela Braskem à prefeitura da capital alagoana por causa do afundamento do solo em cinco bairros da cidade.
A ação desgasta o prefeito João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC, que é aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), rival político de Renan.
Nesta quinta, 26, o Tribunal de Contas do Estado de Alagoas intimou JHC a apresentar documentação referente à aquisição do Hospital do Coração.
A decisão monocrática no TCE determina que o prefeito apresente “o inventário dos bens móveis que eventualmente fizeram parte da desapropriação/aquisição, bem como de todos estudos técnicos, laudos de avaliação e pesquisas mercadológicas que viabilizaram a edição dos atos, assim como de todo e qualquer documento necessário ao convencimento desta esfera controladora”.
A decisão do TCE responde uma ação movida por vereadores do MDB, mesmo partido de Renan que estuda lançar o deputado federal Rafael Brito, seu correligionário, para disputar a Prefeitura de Maceió. Os denunciantes pedem na representação apuração de “supostas irregularidades na edição de decreto de créditos suplementares e, ainda, em suposto procedimento de contratação direta, em desacordo com a legislação”.
Outro lado
A Prefeitura de Maceió enviou nota à Coluna, na qual afirma que a aquisição do Hospital da Cidade pela prefeitura “não tem absolutamente nada de suspeita”. Diz ainda que “os ritos para a aquisição ocorreram de forma transparente, sendo que todas as informações relativas ao assunto estão disponíveis para consulta pública no site https://hc.maceio.al.gov.br “. E classifica a informação de ilação.
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