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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer

CPI do MST: Salles tem relatório paralelo com indiciamento de deputado como ‘carta na manga’

Deputado fechou parecer sem pedir indiciamento do deputado Valmir Assunção (PT-BA), mas espera garantia dos votos até a próxima terça para manter texto

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Foto do author Augusto Tenório

Apesar de ter retirado o indiciamento do deputado Valmir Assunção (PT-BA) para tentar aprovar seu parecer final na CPI do MST, o relator Ricardo Salles (PL-SP) tem uma “carta na manga” nesta reta final dos trabalhos. Ele e o presidente do colegiado, Zucco (Republicanos-RS), têm em mãos um relatório paralelo, que indicia o parlamentar e ministros do governo Lula. E prometem acionar esse gatilho caso o Centrão - principalmente o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA) - não garanta os votos para aprovar o parecer.

O relator da CPI do MST, Ricardo Salles (PL-SP) Foto: Myke Sena/Câmara dos Deputados

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O relatório original de Salles foi lido nesta quinta-feira (21), mas só será apreciado na próxima semana, em razão de um pedido de vista. Nos bastidores, Salles e Zucco avisam que esperam fechar o acordo até a próxima terça-feira (26).

Proposta original de Salles, o indiciamento de Valmir gera desconforto não só no PT, mas também em outros partidos. Lideranças consideram que é ruim para Congresso pedir o indiciamento de um deputado, o que pode resultar em sua cassação. Com apoio do Centrão, a “proteção” a Valmir é uma forma de evitar “abrir precedentes”.

Salles, como adiantou a Coluna, avisou no início da semana que poderia retirar a sugestão de indiciamento de Valmir em troca da aprovação do relatório, para evitar que a CPI acabe em pizza. Mas se não houver votos nem para o texto “light”, que poupa o parlamentar, o relator vai lançar mão do parecer alternativo.

Na versão atual do parecer, sem indiciar Valmir, Salles pede o indiciamento de onze pessoas. Entre elas, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula, o general Marco Edson Gonçalves Dias, conhecido como G. Dias, e o líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha.

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