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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

CPMI do 8/1: Almirante que teria topado golpe de Estado tem indiciamento sugerido em relatório final

Almir Garnier foi acusado pelo tenente-coronel Mauro Cid de oferecer apoio das suas tropas para Bolsonaro dar um golpe de estado

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Atualização:

O almirante da Marinha Almir Garnier Santos é alvo de pedido de indiciamento no relatório final da CPMI do 8 de janeiro, apresentado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA) nesta terça-feira, 17. A relatora pede a responsabilização do ex-comandante da Força por associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Eliziane aponta condutas dolosas - isto é, intencionais - de Garnier, “por aderir subjetivamente às condutas criminosas de Jair Messias Bolsonaro e demais indivíduos em seu entorno, colaborando decisivamente para o desfecho dos atos do dia 8 de janeiro de 2023″.

O almirante e ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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O militar foi acusado pelo ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, de oferecer apoio das suas tropas para o ex-presidente Jair Bolsonaro dar início a um golpe de estado após as eleições de 2022.

Garnier fazia parte do alto escalão de auxiliares e conselheiros do então presidente da República – diga-se de passagem – não somente em questões militares, mas também políticas. Ele foi o principal responsável pelo desfile de tanques realizado no dia 10 de agosto de 2021 em frente ao Congresso Nacional, na mesma data da votação da PEC no 135/2019, que tratava sobre o voto impresso.

Como mostrou o Blog do Fausto Macedo, do Estadão, Mauro Cid afirmou em delação premiada que Bolsonaro consultou as Forças Armadas sobre a possibilidade de um golpe de Estado após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno. Mauro Cid relatou à Polícia Federal que apenas o então comandante da Marinha aderiu à proposta.

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