O pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE) pela cassação do senador Sergio Moro (União-PR) fez crescer o apetite de políticos paranaenses pela vaga do ex-juiz da Lava Jato. Diversos partidos, do PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, já se organizam para definir os candidatos de uma eventual eleição suplementar ao Senado.
Pelo PT, o deputado Zeca Dirceu, líder do partido na Câmara, intensificou a campanha interna para disputar a eleição, caso ela ocorra. Ele concorre internamente, porém, com sua colega de bancada, Gleisi Hoffmann, que é a presidente nacional da legenda.
O ex-governador Roberto Requião também quer concorrer, mas falta-lhe apoio interno no PT. Nesse sentido, como mostrou a Coluna, ele estuda migrar para o PTB. O deputado estadual Requião Filho (PT) também já foi cotado, mas não tem a mesma liberdade que o pai para trocar de legenda.
Enquanto isso, a ala majoritária no PL do Paraná defende a candidatura do ex-deputado Paulo Martins. O deputado Filipe Barros é considerado um nome forte para o cargo, mas não tem idade pra concorrer ao Senado agora. Ele tem 32 anos, e para a concorrer à Casa, é preciso ter 35. O nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também é visto como viável, mas deve ficar para 2026.
Ainda pela direita, Ricardo Barros, ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara, é o nome do PP para concorrer numa eventual eleição suplementar ao Senado, como adiantou a Coluna. Ele pediu licença do mandato de deputado para assumir a Secretaria de Indústria e Comércio do governo Ratinho Júnior (PSD) e quer disputar o cargo com o apoio do Palácio Iguaçu.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.