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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

De olho na reeleição, Nunes manda preservar programas às vésperas de anunciar cortes no Orçamento

Prefeito tenta se tornar conhecido e melhorar aprovação do governo para enfrentar Guilherme Boulos (PSOL), hoje líder nas pesquisas de intenção de voto

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Foto do author Vera Rosa

O decreto de execução orçamentária da Prefeitura de São Paulo deve ser publicado no Diário Oficial da Cidade até o próximo dia 15 e a expectativa é sobre quais cortes serão feitos neste ano eleitoral. Candidato a novo mandato, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) pediu para que o bloqueio não atinja os principais programas sociais de sua gestão.

“Vamos ter R$ 14 bilhões de investimentos em obras neste ano e, seguramente, isso não será contingenciado”, disse à Coluna o secretário municipal de Governo, Edson Aparecido. “Há muitas entregas a serem feitas na área da saúde, programas de moradia e combate às enchentes”, acrescentou. A previsão de receitas para 2024 é de R$ 111 bilhões.

O secretário de Governo, Edson Aparecido, diz que R$ 14 bi em investimentos devem ficar fora dos cortes do Orçamento: "Há muitas entregas neste ano." Foto: Werther Santana/AE



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A ordem na Prefeitura é tornar Nunes mais conhecido para a eleição de outubro. “Estamos concentrados em melhorar a aprovação do governo”, afirmou Aparecido.

Nunes procura atrair um amplo arco de apoio em torno de sua candidatura para enfrentar o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), que tem apoio do PT e hoje lidera as pesquisas de intenção de voto.

Até agora nas mãos do marqueteiro Duda Lima, o mesmo de Jair Bolsonaro (PL), a campanha de Nunes tenta moldar a imagem do prefeito como a de um político de centro, embora o ex-presidente queira emplacar um vice de extrema-direita na chapa. A ideia é construir uma espécie de “frente ampla” em torno de Nunes.

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A entrada da deputada Tabata Amaral (PSB) na disputa é interpretada na Prefeitura como positiva por ter potencial de dividir a esquerda e tirar votos de Boulos. Correligionários de Nunes dizem não acreditar que o União Brasil lance o deputado Kim Kataguiri na corrida e nem que o PSDB tenha candidato próprio, uma vez que vereadores dos dois partidos são aliados do MDB.

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