Cresce a lista dos candidatos a disputar o espólio do senador Sérgio Moro (União-PR), que corre o risco de ter o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Senador entre 2011 e 2014, o deputado federal Sergio Souza (MDB-PR) é mais um dos interessados na cadeira do ex-juiz da Lava Jato e já se lança como “o representante do agronegócio”, se houver uma eleição suplementar.
Em entrevista à Coluna, Sergio Souza disse que o seu diferencial entre os cotados para a disputa é uma “interlocução afinada” com representantes do agro. Além disso, Souza exaltou o apoio que tem do presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP).
“Nenhum dos candidatos tem uma intimidade e um conhecimento do setor agropecuário como eu tenho. Então, eu me colocaria como candidato que é apoiado pelo MDB, Baleia Rossi e pelo setor agropecuário”, afirmou Souza à Coluna.
O deputado se junta a outros concorrentes na possível eleição suplementar. Nas fileiras do PT, já manifestaram interesse pelo cargo de Moro a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e o também deputado Zeca Dirceu. Foi graças a Gleisi que Sergio Souza ocupou uma vaga no Senado entre 2011 e 2014. O deputado federal foi primeiro suplente da presidente do PT e a substituiu na Casa quando ela chefiou o Ministério da Casa Civil no governo da então presidente Dilma Rousseff.
O ex-ministro da Saúde Ricardo Barros (PP) e o ex-deputado Paulo Martins (PL) são outros dois nomes de olho na cadeira do senador. Além de todos esses, a família Requião cobiça o lugar do ex-juiz da Lava Jato.
O ex-governador Roberto Requião (PT) já manifestou interesse em disputar a eleição suplementar e estuda migrar para o PRD, legenda nova, que nasceu da fusão entre o PTB e o Patriota. O deputado estadual Requião Filho (PT) chegou a ser cotado, mas não tem a mesma liberdade que o pai para trocar de sigla.
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