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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer

Derrota do Novo em BH cola em vice de Zema, Mateus Simões, e pode impactar 2026

Simões tinha se dedicado na composição da chapa do Novo com Mauro Tramonte, que encerrou sua participação da disputa pela capital mineira ainda no primeiro turno em terceiro lugar

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À primeira vista, a derrota do partido Novo na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte caiu sobre o governador Romeu Zema. Porém, numa leitura mais ampla do cenário mineiro, influentes atores políticos do estado são taxativos: o resultado negativo cola no vice-governador Mateus Simões.

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Mateus empenhou-se diretamente na composição da chapa do Novo com Mauro Tramonte e se dedicou à campanha. Mas seu candidato nem sequer passou para o segundo turno. Agora a indagação é sobre o impacto que o resultado terá nas articulações para o vice ser candidato ao governo em 2026.

Indagado pela Coluna do Estadão, Mateus desconversou sobre as pretensões eleitorais. “O nome do Novo, óbvio, mais natural, é o meu, mas é absolutamente compreensível que existam outros nomes no campo da direita, como o deputado Nikolas Ferreira e o senador Cleitinho, lideranças importantes no estado. Agora, qual de nós será o candidato? Acho que é uma construção para esses dois anos, que se inicia, sem dúvida alguma, ao longo do próximo ano”.

Também minimizou a derrota em BH. “Em Belo Horizonte tivemos um avanço considerável. Nosso candidato ficou em terceiro lugar, mas pela primeira vez temos a possibilidade real de não ver a cidade, depois de 32 anos, ser administrada pela esquerda. Temos Bruno Engler que é da base. Também para ser justo, Fuad Noman, que tem história de centro, é do PSD, segundo maior partido da base.”

Dirigentes do partido Novo avaliam, nos bastidores, que o desempenho e a avaliação do governo Zema ao final do mandato terão peso muito maior para a candidatura.

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O Novo só elegeu nove prefeitos neste ano, seus dirigentes, entretanto ressaltam que conseguiram resultados vitoriosos com coligações em grandes cidades.

“A base do trabalho do governo não tem a ver com o Novo especificamente, o menor partido da base. Nossa base sai da eleição com mais de 600 prefeitos. Saímos mais fortes”, calcula o vice.

Os partidos que integram a base de Zema no Legislativo, no entanto, esta longe de significar alinhamento nas composições eleitorais. Um dos exemplos emblemáticos de crise é com o PSD.

Mateus Simões cumprimenta Romeu Zema na posse em janeiro de 2023 Foto: Divulgação/Gil Leonardi/Imprensa MG
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