O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou a colegas que deseja unificar as sabatinas de Flávio Dino e Paulo Gonet no colegiado. Inédito, o formato é visto com reservas por senadores da oposição, pelo potencial de reduzir a artilharia sobre o atual ministro da Justiça, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Dino sofre mais resistência no Congresso em relação a Gonet, indicado à Procuradoria-Geral da República. Ainda assim, a tendência é que os dois sejam aprovados.
Alcolumbre já confirmou as duas sabatinas para o mesmo dia, 13 de dezembro, mas ainda não revelou o formato da sessão de perguntas e respostas. O senador Espiridião Amin (PP-SC) sugeriu ao presidente da CCJ que divida as sabatinas: faça uma no dia 12 e outra no dia 13 de dezembro. Ou, ainda, iniciar o dia 13 com Dino ou Gonet e só depois abrir a sabatina do segundo indicado.
Mas a ideia predileta de Alcolumbre, aliado de primeira hora do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é deixar Dino e Gonet na mesma mesa, em uma sessão iniciada nas primeiras horas da manhã e sem hora para terminar. “Eu gosto de fazer coisas novas”, brincou Alcolumbre com alguns colegas. Os indicados precisam ser aprovados na CCJ e no plenário do Senado para ganharem a confirmação nos novos cargos.
A relação entre Alcolumbre o Palácio do Planalto tem sido instável ao longo do ano, mas se fortaleceu na semana passada após o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), votar a favor da PEC que limita as decisões monocráticas de ministros do STF.
O texto, aprovado no Senado e que aguarda votação na Câmara, é patrocinado por Alcolumbre como forma de pavimentar o apoio de bolsonaristas à sua candidatura à sucessão de Pacheco em 2025.
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