O ex-ministro José Dirceu tem trabalhado para fazer o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, como sucessor de Gleisi Hoffmann na presidência do PT. Na avaliação de Dirceu, Edinho tem o perfil conciliador, moderado e pragmático necessário para liderar o partido durante a próxima corrida ao Palácio do Planalto — quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá de negociar com partidos de centro e da centro-direita para disputar a reeleição.
O entorno de Dirceu avalia que a costura com outros campos políticos será mais difícil em 2026 em relação às últimas eleições, já que o ex-presidente Jair Bolsonaro, inelegível por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não estará do outro lado da trincheira. Segundo relatos feitos à Coluna do Estadão, o presidente Lula vê com bons olhos a ideia de lançar o prefeito de Araraquara à presidência do PT, mas pondera que pode precisar dele no Palácio do Planalto.
Edinho é o favorito para assumir a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) na próxima reforma ministerial, que pode ser deflagrada após as eleições municipais ou, ainda, no início de 2025. O estatuto do PT veda dirigentes de assumirem cargos no Executivo. Ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) no segundo governo de Dilma Rousseff, o petista é aliado de primeira hora do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Aliados de Gleisi Hoffmann, que tem mandato à frente do PT até 2025, contudo, resistem a ver Edinho Silva como presidente do partido, e citam o líder do governo na Câmara, José Guimarães, como um possível sucessor. Uma outra opção na manga seria o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo.
