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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Discurso de Paes em posse no Rio apadrinha novo vice-prefeito como sucessor

Eduardo Cavaliere foi apresentado como a ‘síntese da continuidade’ pelo prefeito do Rio, que pode deixar o cargo para concorrer ao governo do Estado, em 2026

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Foto do author Gabriel de Sousa
Atualização:

O discurso do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), na cerimônia de posse realizada nesta quarta-feira, 1°, foi marcado pelo apadrinhamento ao vice-prefeito, Eduardo Cavaliere (PSD), chamado por ele de “síntese da continuidade”. Vereadores do PSD que acompanharam a solenidade interpretaram a declaração como o anúncio da sucessão de Paes, que pode deixar o cargo para disputar o governo do Estado, em 2026.

O prefeito Eduardo Paes (à dir.) e o vice, Eduardo Cavalieri: passagem de bastão à vista. Foto: @eduardo.cavaliere via Instagram

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Ao assumir o quarto mandato no comando do Rio, algo inédito na história da política local, Paes disse que havia “materializado o compromisso” de formar novos quadros e lideranças e que Cavaliere, de 30 anos, representa uma “renovação”. “Governos, como organismos, precisam se renovar e se adaptar aos novos tempos”, afirmou Paes.

“Meu vice, Eduardo Cavaliere, que até fez 30 anos de idade agora, antes da eleição, vejo como a síntese da renovação e da continuidade. Tê-lo ao meu lado é ver materializado o compromisso que assumimos, há alguns anos, de formar novos quadros e lideranças para a política fluminense”, observou o prefeito.

Para parlamentares do PSD, o discurso foi recebido como o presságio da passagem de bastão na capital do Rio. Antes de falar sobre Cavaliere, Paes relembrou que o ex-prefeito e atual vereador César Maia (PSD) havia sido seu padrinho político. Nesta quarta-feira, Paes superou Maia como o político que por mais tempo comandou a prefeitura.

Paes é cotado para disputar o governo do Estado em 2026, sua antiga ambição. Em 2018, ele perdeu a disputa, em segundo turno, para o ex-governador Wilson Witzel, embalado pelo fenômeno do bolsonarismo. Publicamente, Paes diz que pretende terminar o mandato na prefeitura carioca, que vai até 2028.

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Caso ele concorra em 2026, vai precisar deixar a prefeitura, que será assumida por Cavaliere. Segundo aliados ouvidos pelo Estadão, a candidatura de Paes ao Palácio das Laranjeiras depende apenas de um aval de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD.

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