Ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva faz um périplo pelo País em campanha pela presidência do PT. Nesses primeiros três meses do ano, já viajou a nove estados. O foco tem sido nos locais com mais número de filiados que votarão em julho para escolher o novo comando do partido e também onde ele sabe que precisa conter dissidências, como o Rio de Janeiro.
Edinho também incluiu no roteiro uma viagem semanal a Brasília, onde tenta com a cúpula petista construir unidade e aguarda gestos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por sua candidatura.
O ex-prefeito busca aliança em torno de propostas para um partido menos belicoso e com renovação na pauta. Quer, por exemplo, incluir o tema segurança pública entre as prioridades do PT. Um dos seus argumentos é de que a direita tomou conta do assunto que já é uma das maiores demandas dos cidadãos brasileiros e deve dominar o debate das eleições de 2026.

Como mostrou a colunista Vera Rosa, as eleições que vão renovar a cúpula do PT, com voto dos filiados, estão marcadas para 6 de julho, mas integrantes da corrente de Lula, da ministra Gleisi Hoffman (Relações Institucionais) e do próprio Edinho têm lavado tanta roupa suja em público que a sigla CNB - Construindo um Novo Brasil - já é chamada nas fileiras do partido de “Construindo uma Nova Briga”.
Desde 2002, quando foi eleito pela primeira vez para o Palácio do Planalto, o presidente Lula não enfrenta uma rebelião no PT como agora. A crise foi deflagrada pela corrente CNB, majoritária no PT, porque uma ala desse grupo, que é o mesmo de Lula, não aceita Edinho Silva, nome indicado por ele para presidir o partido.
