As eleições municipais vão funcionar como um termômetro da efetividade dos presidenciáveis da direita como cabos eleitorais. Ventilados para assumir a polarização com o presidente Lula em 2026, os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas), Ratinho Jr. (Paraná) e Ronaldo Caiado (Goiás) patrocinaram candidaturas em cidades estratégicas dos Estados também de olho na próxima corrida eleitoral, mas seus escolhidos enfrentam desafios nas capitais.
Naturalmente, quem obtiver sucesso na missão de puxador de votos ampliará sua musculatura política para buscar uma coalizão de centro-direita e disputar o Palácio do Planalto, num cenário em que o ex-presidente Jair Bolsonaro está inelegível.
Se as eleições nas capitais tornaram-se um desafio para os quatro presidenciáveis, Tarcísio enfrenta um obstáculo adicional: não teve a maioria dos votos no município de São Paulo, e foi eleito pela popularidade no interior. O candidato do governador, Ricardo Nunes, periga não ir ao 2º turno frente ao empate com Guilherme Boulos e Pablo Marçal, de acordo com o Datafolha.
Diferentemente de Tarcísio, Zema, Caiado e Ratinho foram reeleitos em 1º turno e terminaram o pleito à frente nas suas capitais. Nesta eleição, porém, podem levar um revés político: o cenário segue embolado em Belo Horizonte, Goiânia e Curitiba.
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