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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer

Em baixa no governo, Juscelino Filho foi à Câmara ajudar Lula e segurar a própria vaga

Ministro atuou para convencer a bancada do União a votar a favor da MP da reestruturação

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Foto do author Julia Lindner
Atualização:

Um dos ministros do União Brasil, Juscelino Filho (Comunicações) foi ao plenário da Câmara, nesta quarta-feira (31), ajudar o governo na votação da MP da reestruturação dos ministérios, que está a horas de perder validade.

Juscelino Filho e Isnaldo Bulhões, no plenário. Foto: Julia Lindner

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”Vim só rever velhos amigos”, declarou Juscelino, que passou um bom tempo conversando com Isnaldo Bulhões (MDB-AL), relator da medida provisória.

Até poucas horas antes da votação, a bancada do União ainda estava dividida. O vice-presidente da legenda, Antonio Rueda, e o secretário-geral, ACM Neto, também acompanharam as discussões de perto, mas sem fazer esforço a favor do governo.

Aos deputados, Rueda e Neto defenderam que esta seria a última chance de dar um recado ao governo. Depois disso, o Planalto não precisaria mais das legendas para nada.

A postura dúbia do partido tem colocado em cheque a presença do partido no governo, que foi responsável por indicar três ministros, mas se considera independente.

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Lula também chamou o líder do União, Elmar Nascimento (BA), no Planalto como forma de conter a legenda.

Como mostrou a Coluna, recentemente o presidente Lula ironizou a situação em conversa com parlamentares.

“Davi Alcolumbre (União-AP) pediu três ministérios (para o União), mas só entregou um”, disse Lula na semana passada. O comentário faz referência ao fato de que Waldez Goes (Integração) estar sem partido e da ministra Daniela Carneiro (Turismo) ter pedido a desfiliação.

Juscelino também já enfrentou uma série de problemas desde que entrou no governo. Entre os casos, ele usou um avião da FAB para compromissos particulares. Ele também escondeu parte do patrimônio do TSE e um de seus sócios era funcionário fantasma no Senado.

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