As associações brasileiras de comércio exterior enviaram ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, uma carta em que alertam para os prejuízos no setor devido à greve dos auditores fiscais. Segundo as entidades, mais de 50 mil envios de encomendas e documentos estão acumulados nos aeroportos de Viracopos e Guarulhos, aguardando liberação. Os principais órgãos do segmento pedem uma audiência com o chefe da equipe econômica e com o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, para tratar do assunto. Eles argumentam que a competitividade do País no mercado global sairá prejudicada caso as paralisações não terminem em breve.
“A crise operacional gerada pela paralisação tem ampliado os custos logísticos, afetando exportadores e importadores de forma indiscriminada. Empresas brasileiras enfrentam dificuldades para cumprir prazos de entrega, o que pode levar à rescisão de contratos internacionais e à substituição do Brasil por fornecedores de outros países”, diz o documento, enviado nesta terça-feira, 17, e obtido pela Coluna do Estadão.
“Os atrasos logísticos não apenas impactam as empresas de transporte e logística, mas também afetam diretamente o comércio exterior brasileiro, prejudicando a competitividade do país no mercado global e comprometendo a eficiência das cadeias de exportação e importação”, afirma outro trecho da carta das associações.
O documento, que fala em “gravíssimos impactos” da greve, também é endereçado aos ministros Rui Costa (Casa Civil), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Esther Dweck (Gestão e Inovação).
Assinam o texto a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Internacional Expresso de Cargas (Abraec), a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), a Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol) e Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI).
Também são signatárias a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Associação Brasileira de Logística (Abralog), o Conselho Internacional de Aeroportos da América Latina e Caribe (ACI-LAC), o Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (BUSBC), a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), o Instituto Livre Mercado (ILM) e a Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (Jurcaib).
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