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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Entidades citam apagão e pedem que Lula sancione PL das eólicas offshore

Projeto de lei de geração de energia eólica em alto-mar foi aprovado pelo Congresso em dezembro; outro grupo de associações aponta “jabutis”, trechos estranhos ao tema principal da proposta

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Foto do author Eduardo Barretto

Entidades do setor elétrico pediram que o presidente Lula (PT) sancione integralmente o projeto de lei que cria o marco regulatório da energia eólica offshore. As associações de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) citaram o apagão nacional de 2023 como um alerta de que o País não pode investir apenas na geração de energia eólica e solar.

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“O problema das fontes de energia intermitentes – e instáveis, em bom português – não é mera especulação. E a maior prova disso ocorreu em agosto de 2023, durante o apagão que parou o país”, afirmou a Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel) e outras cinco entidades na carta enviada ao Planalto. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, o apagão de 2023 foi causado por uma falha em equipamentos de usinas eólicas e solares.

As associações afirmaram ainda que a sanção integral do projeto vai trazer “aperfeiçoamentos importantes” e uma economia anual de R$ 3,5 bilhões. Um dos argumentos é que a produção de energia eólica e solar tem pouca constância, por depender diretamente da incidência de ventos e radiação solar, fatores com alta margem de variação, em um cenário diferente ao da geração hidrelétrica.

Geração de energia eólica Foto: Getty Images

Os números contrastam com outro documento enviado a Lula na semana passada, feito por outra ala de associações do setor elétrico. O grupo apontou um custo anual de R$ 22 bilhões aos consumidores do País caso a proposta seja validada sem vetos.

Aprovado pelo Congresso, o projeto foi enviado no último dia 19 à análise de Lula. Alguns artigos estranhos à exploração de energia elétrica em alto-mar têm chamado a atenção de especialistas e ambientalistas, a exemplo de trechos sobre a contratação de usinas a carvão mineral e a gás natural, mais poluentes. A equipe econômica pediu que o Planalto vete os “jabutis”, como mostrou a Coluna do Estadão.

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