A esquerda iniciou nesta quarta-feira, 4, um movimento pedindo a demissão do secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, com a convocação de um protesto na capital paulista. O estopim para a manifestação foi o flagrante de um policial militar atirando um homem do alto de uma ponte na capital paulista na última segunda-feira, 2.
Batizado de “Fora Derrite imediatamente”, o ato será na quinta-feira, 5, em frente ao Theatro Municipal, no Centro de São Paulo, e foi convocado pela Frente Povo Sem Medo. O grupo inclui movimentos sociais de esquerda, a exemplo do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).
Segundo um comunicado da Frente Povo Sem Medo, o flagrante de um policial jogando um homem da ponte em São Paulo é apenas “a ponta do iceberg dos absurdos que cercam a segurança pública de São Paulo desde que Guilherme Derrite assumiu a Secretaria de Segurança”.
Ainda de acordo com o documento, a Polícia Militar (PM) paulista comete “atrocidades” e “quase sempre” vitima pessoas pobres e negras. “Ao mesmo tempo, o crime organizado se fortalece a cada dia infiltrando-se nas instituições públicas e até mesmo nas forças policiais do estado”, seguiu o comunicado.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira, 4, que manterá o secretário de Segurança Pública no governo.
Além do episódio da ponte, a PM foi criticada por outros episódios de violência policial no último mês, como as mortes de uma criança de 4 anos na Baixada Santista, de um estudante baleado em um hotel da capital, e de um homem atingido nas costas após tentativa de furto de pacotes de sabão em um mercado.
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