A exclusão das escolas cívico-militares do programa do Ministério da Educação (MEC) pegou parlamentares de surpresa. O vice-líder da maioria na Câmara dos Deputados, José Nelto (PP-GO), terá agenda com o ministro Camilo Santana nesta quinta-feira, 13, para se opor à medida.
De acordo com o parlamentar, diversos prefeitos reclamaram da decisão, tomada em conjunto pelo MEC e o Ministério da Defesa, comandado por José Múcio Monteiro. Nelto afirma que a medida carece de debate com a sociedade.
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“Não agrada a falta de explicações e orientações sobre como ‘cada sistema’ deve organizar o retorno das escolas cívico-militares à rede regular, e como as crianças que hoje pertencem a essa instituição terão segurança para encerrar o ano letivo. Faltam muitas respostas”, disse o deputado à Coluna.
O deputado Rodrigo Valadares (União-SE) critica e diz que a decisão do Governo Federal é de cunho exclusivamente político, para destruir o modelo adotado pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Números expressivos mostram que a violência física foi reduzida em 82%. Além da evasão e o abandono escolar que diminuíram em quase 80%”, disse o parlamentar.
Deputado Sanderson (PL-RS) presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, segue a mesma linha e diz que a decisão do governo é um “golpe na educação”.
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