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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Fim da reeleição: crítica de Lula não surte efeito e PEC avança no Senado

Senador Marcelo Castro (MDB-PI) articula para relatar proposta do senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e colocar mandato único de 5 anos

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a happy hour com líderes do Senado, na terça-feira, 5, para dizer que é contra o fim da reeleição. Sua declaração, no entanto, não gerou nenhum recuo das principais lideranças da Casa que defendem a pauta. Ao contrário disso, um dia depois da crítica do petista, houve avanço da matéria nos bastidores.

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Segundo apurou a Coluna do Estadão, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União-AP), avisou ao senador Marcelo Castro (MDB-PI), que ele vai relatar a Proposta de Emenda à Constituição sobre o tema, apresentada pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO).

Castro é autor de três PECs que acabam com a reeleição de prefeitos, governadores e presidente da República e estabelecem mandato de cinco anos. Mas, na condição de relator, poderá manter o domínio sobre o texto que será entregue para votação.

Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva  Foto: WILTON JUNIOR

Marcelo Castro apresentou a Lula seus argumentos. Na tentativa de fazer o petista voltar a defender o fim da reeleição, como fizera no passado, lembrou medidas adotadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para tentar se reeleger, com aprovação de benefícios sociais, sem lastro no orçamento da União.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), demonstra desde o ano passado que deseja pautar o fim da reeleição no Executivo. Após a reunião com o presidente Lula, disse a interlocutores, que o Congresso vai debater a matéria.

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Não bastasse esses atores envolvidos na discussão integrarem a base aliada a Lula, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), também já se manifestou favoravelmente ao fim da reeleição. O entendimento entre eles, porém, é de que a medida não pode valer para as próximas eleições e que há necessidade de um período de transição para não alterar as regras “com o jogo em andamento”.

Por esse motivo, a ideia defendida por Marcelo Castro é estabelecer que a reeleição só acabaria a partir de 2030 ou 2034.

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