Quem chega ao gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no Senado se depara com um pedido inusitado. “Atenção! Prezados visitantes: para acesso às salas do gabinete, solicitamos a fineza de que os celulares sejam deixados na recepção”, diz um cartaz colado na parede, próximo a uma foto do pai do senador, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e uma imagem dele próprio. Procurado por meio de sua assessoria, Flávio não comentou o motivo da orientação, nem desde quando ela existe.

Curiosamente, a regra do filho de Bolsonaro é parecida com uma exigência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, rival político da família. O petista, segundo relatos ouvidos pela Coluna do Estadão, fica irritado quando ministros e outros interlocutores usam o celular durante uma reunião ou uma conversa informal. Lula, inclusive, prefere não ter um aparelho telefônico. O contato remoto com ele é feito por meio da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e outros auxiliares.
