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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Forças democráticas precisam se unir para barrar direita radical na França, diz Amorim

‘Desunião favorece a extrema direita, e a história nos mostra que isso é o mais perigoso’, afirmou o assessor especial do presidente Lula à Coluna do Estadão

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Foto do author Eduardo Gayer
Atualização:

O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, saiu em defesa de uma união das forças democráticas para barrar a ascensão da direita radical na França. Neste domingo, 30, o Reagrupamento Nacional venceu o 1º turno das eleições legislativas no país europeu, o que impôs uma grande derrota política para o presidente Emanuel Macron. Se a tendência for confirmada no segundo turno, marcado para o próximo domingo, a direita radical pode chegar ao comando do país pela primeira vez em 80 anos.

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“A eleição ainda não terminou por lá, não sabemos exatamente o que vai acontecer. Mas se acontecer o mais provável, que é a vitória da extrema direita sem maioria absoluta, o que temos de fazer é lamentar essa desunião das forças democráticas. Eu vejo [esse cenário] com preocupação. A desunião favorece a extrema direita, e a história nos mostra que isso é o mais perigoso”, afirmou Celso Amorim à Coluna do Estadão. “Vamos esperar”, acrescentou o conselheiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

No Ministério das Relações Exteriores, o resultado do primeiro turno da eleição na França foi descrito como “previsto”.

Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores e hoje assessor especial do presidente Lula. Foto: FOTO: AMANDA PEROBELLI/ESTADAO

O Reagrupamento Nacional obteve 33% dos votos, o que permite projetar entre 230 e 280 das 577 cadeiras da Assembleia Nacional — perto da maioria absoluta de 289. Hoje, a RN tem 88 deputados. Mas os números podem mudar, a depender dos resultados do segundo turno.

Em segundo lugar ficou a Nova Frente Popular (NFP), coalizão de esquerda e extrema-esquerda, com 28%. Em terceiro, com 21%, ficou o bloco Juntos, que inclui o Renascimento, partido do presidente Emmanuel Macron, o maior derrotado da eleição.

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