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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer

Gleisi nega crise com Zeca Dirceu e diz que apoio ao PSB em Curitiba é ‘estratégia política’

‘Se queremos o apoio dos outros partidos, nós também temos de dar apoio. Não podemos ficar isolados’, afirmou a presidente do PT à Coluna do Estadão

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Atualização:

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou à Coluna do Estadão que o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) tem “todo o direito” de recorrer ao Diretório Nacional da decisão tomada pela Executiva petista, que no último dia 27 resolveu apoiar a candidatura de Luciano Ducci (PSB) à prefeitura de Curitiba.

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“Eu não tenho crise com o Zeca nem o vetei. No PT a gente toma decisões coletivas à luz de uma estratégia política”, disse Gleisi. “Queremos consolidar um campo político progressista pensando também na eleição presidencial de 2026. Se queremos o apoio dos outros partidos, nós também temos de dar apoio. Não podemos ficar isolados.”

Zeca e a deputada Carol Dartora tentavam a indicação do PT para disputar a prefeitura de Curitiba. Após a decisão da Executiva do PT, no entanto, ele avisou que vai recorrer ao Diretório Nacional e falará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com Gleisi, o PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin pediu para o PT se aliar aos candidatos do partido a prefeituras de capitais como Recife, Curitiba, São Luiz e Palmas.

Os deputados pelo PT do Paraná, Zeca Dirceu e Gleisi Hoffmann. Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

O PT, por sua vez, conseguiu fechar acordo com o PSB para lançar candidatos próprios em Fortaleza, Teresina e Natal, e também em cidades-polo, como Juiz de Fora e Contagem. Além disso, os petistas negociam dobradinhas com o PSB em Belo Horizonte e Goiânia.

No Recife, o PT vai apoiar a candidatura à reeleição do prefeito João Campos (PSB), mesmo se não tiver o vice na chapa, como mostrou a Coluna do Estadão. No Rio, Lula ainda tenta convencer o prefeito Eduardo Paes (PSD), que também disputará o segundo mandato, a indicar um vice do PT.

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Até agora, porém, Paes insiste em lançar chapa pura e o nome mais cotado para a vaga é o do deputado Pedro Paulo, também do PSD. Se ganharem a eleição, tanto Campos quanto Paes pretendem concorrer aos governos de seus respectivos Estados. É por isso que insistem em ter um candidato a vice de sua confiança, e não um nome sugerido pelo PT.

Desde 2012, quando elegeu 635 prefeitos no País – e conquistou a capital paulista com Fernando Haddad –, o PT vem perdendo municípios. Na última disputa, em 2020, o partido fez 180 prefeitos. Hoje tem 263, mas nenhum em capital. Pesquisas de intenção de voto indicam que o PT pode ganhar agora as prefeituras de Fortaleza e Teresina. Além disso, segundo essas sondagens, tem condições de ir para o segundo turno em Vitória, Natal, Manaus, Porto Alegre e Goiânia.

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