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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia

Fim das escolas cívico-militares: Faltou democracia no governo Lula, diz governadora

Celina Leão que está no exercício do cargo, disse que o Distrito Federal vai absorver escolas e ampliar modelo

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Foto do author Augusto Tenório
Atualização:

A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP) classificou de antidemocrática a decisão do governo Lula de encerrar o programa de escolas cívico-militares. À Coluna, ela afirmou que o governo do DF vai absorver as quatro instituições neste modelo que eram ligadas ao programa do MEC e também ampliará o número dessas unidades.

“Respeito que cada governo tem o direito de estabelecer sua marca, mas a lógica teria que ser invertida. A forma como o governo Lula decidiu acabar as escolas cívico-militares, sem ouvir antes os governadores, não foi democrática”, disse Celina Leão.

A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agencia Brasil

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A decisão de encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), uma das marcas da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi revelada pelo Estadão, nessa quarta-feira, 12. A decisão dos Ministérios da Educação e da Defesa surpreendeu governadores e parlamentares.

“O MEC deveria ter entrado em contato com todos os governos para saber onde o programa deu certo. Nunca recebemos telefonema ou fomos chamados para conversar sobre o tema”, reclama Celina Leão. Ela assume o executivo do DF durante as férias do governador Ibaneis Rocha (MDB).


O Distrito Federal tem 14 escolas geridas nos moldes cívico-militares, e mais quatro sob gestão do Governo Federal. A governadora em exercício diz ter recebido apelos pela manutenção desse modelo.

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“Não há condições de recuar em algo que deu certo”, diz. Ela aponta que o programa de escolas cívico-militares tem aprovação de 87,7%, sendo o mais bem avaliado do governo local. Uma das constatações feitas pelo GDF foi a diminuição de violência nas escolas. “Insisto, respeitamos a decisão do MEC, mas precisaria ser algo pontual, somente onde não deu certo”, finaliza Celina Leão.

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