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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer

Governo Lula discute moratória ao RS por até três anos; prazo ainda gera impasse

Equipe econômica defende a suspensão da dívida do Estado com a União apenas até o final de 2024

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Foto do author Eduardo Gayer
Atualização:

A decisão do governo federal de suspender os pagamentos da dívida do Rio Grande do Sul com a União já está tomada; a dúvida, agora, é por quanto tempo. Entrou em discussão a possibilidade de anunciar uma moratória de até três anos. A equipe econômica, porém, trabalha com a ideia de limitar o prazo da suspensão até dezembro deste ano. Quem vai arbitrar o impasse, garantem interlocutores palacianos, será o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nos cálculos do governo, o prazo mais longo representaria um alívio de cerca de R$ 10,5 bilhões para o Rio Grande do Sul, que foi devastado pelas enchentes e ainda não tem como estimar o custo total da reconstrução. Esse valor acumulado em três anos não impactaria a meta fiscal: o Congresso aprovou o projeto de decreto legislativo que reconhece a calamidade do Estado, abrindo espaço para o governo excepcionalizar os gastos com os gaúchos do resultado primário.

O presidente Lula durante reunião com ministros em Porto Alegre. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Lula deve protagonizar anúncio da suspensão da dívida gaúcha com a União

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O próprio presidente Lula quer fazer o anúncio da suspensão da dívida nesta quarta-feira, 8. A ideia no Planalto é que o petista apresente um “pacote de ajuda” ao Estado que somaria até R$ 20 bilhões, incluindo as parcelas mensais e encargos da dívida do Rio Grande do Sul. Outras medidas financeiras e em áreas sociais serão anunciadas.

Lula busca protagonismo da apresentação do pacote, uma forma de tentar se sobrepor às cobranças públicas que o governador Eduardo Leite (PSDB) tem feito. Há uma reclamação constante entre integrantes do governo federal de que Leite, em suas entrevistas, sempre faz novos pedidos, sem destacar o apoio já recebido ou citar o presidente da República.

Nesta manhã, durante participação no programa Bom Dia, Ministro, da EBC, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a proposta para renegociação da dívida do Rio Grande do Sul está na Casa Civil e deve ser levada ao presidente ainda nesta quarta-feira.

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