A derrubada pelo Congresso dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao marco temporal e à desoneração da folha de pagamento é minimizada nos bastidores do governo. A avaliação é que as derrotas estavam precificadas, e até mesmo o voto contrário do ministro Carlos Fávaro (Agricultura), que retomou temporariamente o cargo de senador, é vista com tranquilidade.
Auxiliares de Lula recorrem a um ditado popular: foi preciso entregar os anéis para não perder os dedos. Ou seja, por acordo com o Congresso, o Palácio do Planalto engoliu o “golpe”, até porque espera reverter a derrubada dos vetos no Supremo Tribunal Federal (STF), com quem tem relação mais bem azeitada do que com o Congresso.
Mas, em troca, combinou a aprovação de dois projetos fundamentais para a equipe econômica: a reforma tributária e a Medida Provisória (MP) da subvenção do ICMS, que já passou na Câmara e deve ser aprovada pelo Senado na semana que vem,
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