O governo Lula espera receber entre esta sexta-feira (01) e a próxima segunda-feira (04) as imagens das câmeras de segurança com registros das hostilidades relatadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, e sua família em uma passagem pelo Aeroporto Internacional de Roma em 14 de julho.
O material foi enviado de maneira física, em “drives”, via transportadora pela administração do aeroporto e será entregue ao Ministério da Justiça, responsável por remetê-lo imediatamente à Polícia Federal e ao STF. Se as imagens chegarem no final de semana, o despacho será feito na primeira hora da segunda-feira.
A defesa dos suposto agressores pediu ontem à Justiça acesso simultâneo aos materiais. “Queremos acesso à íntegra. Eles podem fazer uma cópia e nos fornecer”, disse à Coluna o advogado Raph Tórtima, que defende Roberto Mantovani Filho, suspeito de agredir o filho de Alexandre de Moraes. Mantovani, a esposa Andrea Munarão e o genro Alex Bigotto são investigados pela suposta agressão ao ministro do Supremo. Eles já depuseram à PF, assim como o magistrado.
A remessa das imagens se dá após a tramitação pela Justiça italiana, com aval do Ministério Público daquele País. A adidância da corporação em Roma já estava com as imagens desde o dia 20 de julho, mas a remessa aos investigadores, no Brasil, aguardava a autorização local.
A expectativa dos investigadores é a de que as gravações possam dirimir contradições nas versões dadas pelos investigados pelas supostas hostilidades a Alexandre de Moraes.
Antes de as gravações do aeroporto aportarem na PF em Roma, a defesa dos suspeitos de terem hostilizado o ministro do STF entregaram aos investigadores, um vídeo. As imagens, segundo relato do advogado Ralph Tórtima Filho, mostrariam o ministro chamando um dos supostos agressores de “bandido”.
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