Advogados estão preocupados por não saberem como o indicado de Lula ao STF, Cristiano Zanin, pensa sobre questões que podem passar pela Corte, como distribuição de renda, tributação de grandes fortunas, pauta identitária, reforma agrária e demarcação de terras indígenas, temas caros à esquerda e ao PT.
Afora polêmicas jurídicas nas quais esteve envolvido na condição de defensor do petista na Operação Lava Jato, ele mantém perfil discreto e não tem uma trajetória acadêmica. Ou seja, não há registro de suas visões.
Na visão dos advogados, não há garantias de que os votos de Zanin correspondam aos anseios da base ideológica do PT.
As apostas ainda são de que, pelo menos enquanto durar o governo de Lula, Zanin se mantenha fiel às visões do PT. Ele enfrenta alguma resistência no partido. Seus detratores se ressentem por não ter se aproximado de lideranças do partido durante as eleições, quando liderou, junto com o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, a equipe jurídica da campanha presidencial.
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