Em gesto de insatisfação, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) ainda não assinou o requerimento da PEC da Transição. O texto, no entanto, já possui apoio suficiente para começar a tramitar no Senado, inclusive com o endosso de outros emedebistas, como o líder da bancada, Eduardo Braga (AM).
Na visão de Renan, a PEC deixou o governo eleito refém do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um de seus principais desafetos. De acordo com aliados, o senador alagoano não vai votar contra a proposta em plenário, mas vai lutar até o final por outras alternativas.
![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/QND3YZFYINEA3EPRS34IPZNRUA.jpg?quality=80&auth=678cafff18b6e36b7540e36ec2aeda7fc929bb7ece25791f5bdff910bad7a3f2&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/QND3YZFYINEA3EPRS34IPZNRUA.jpg?quality=80&auth=678cafff18b6e36b7540e36ec2aeda7fc929bb7ece25791f5bdff910bad7a3f2&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/QND3YZFYINEA3EPRS34IPZNRUA.jpg?quality=80&auth=678cafff18b6e36b7540e36ec2aeda7fc929bb7ece25791f5bdff910bad7a3f2&width=1200 1322w)
Questionado, Renan disse que está focado em uma PEC de sua autoria contra a intolerância política, que ganhou força após ataques de bolsonaristas ao cantor Gilberto Gil, no Catar. A apresentação da PEC ocorrerá nesta terça, às 16h, exatamente no mesmo horário em que o PT formalizará o apoio a Lira.
Ontem, Renan também não participou da reunião do MDB com Lula. Ele alega que só foi chamado pelo partido em cima da hora. Preocupado, o senador Jaques Wagner procurou o senador ontem à noite e propôs um encontro reservado entre Lula e Renan como forma de apaziguar a situação.