O Itamaraty recebeu alerta de risco de protestos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta, 21, no Rio de Janeiro, onde será realizada reunião do G-20. O aviso de manifestação ocorreu depois de o presidente comparar a ação de Israel em Gaza ao Holocausto. Interlocutores afirmam, porém, que o Ministério das Relações Exteriores não vê nenhum risco à realização do evento.
A preparação do encontro do G-20 segue protocolos internacionais que já determinam, por exemplo, isolamento de amplo perímetro urbano. Esse é um dos argumentos apresentados pelos diplomatas. A segurança está reforçada na cidade, especialmente nos bairros do entorno do local do evento.
Participam do encontro os chanceleres dos países que compõem o G20 - grupo que reúne as principais economias do mundo, de todos os continentes - além da União Africana, União Europeia e representantes de países.
O Brasil está com a presidência do grupo e tem a expectativa de aproveitar o espaço para buscar protagonismo global. A declaração de Lula sobre Israel, às vésperas do evento, chamuscou a imagem das relações internacionais brasileiras, mas a aposta da diplomacia do País é de que os debates do G-20 vão se sobrepor à polêmica.
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