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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Jean Wyllys já é alvo de fogo amigo no governo, antes mesmo de assumir cargo

Com estilo agressivo nas redes sociais, ex-deputado vai integrar a Secretaria de Comunicação Social de Lula

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Foto do author Eduardo Gayer

O ex-deputado federal Jean Wyllys, que vai ganhar um cargo no governo Lula e tem a primeira-dama Janja da Silva como madrinha na empreitada, já é alvo de fogo amigo no Palácio do Planalto antes mesmo de sentar na cadeira.

Neste momento, contudo, ninguém cogita a possibilidade de Jean Wyllys cair. Com a benção de Janja, o “fogo amigo” é insuficiente para derrubar o ex-deputado.

Leia mais aqui sobre a chegada de Jean Wyllys ao governo.

O ex-deputado federal Jean Wyllys, que vai integrar o governo Lula. Foto: Marcos de Paula/Estadão

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Nos bastidores, uma ala da equipe palaciana reclama do estilo “agressivo” do petista nas redes sociais, que pouco colaboraria com a promessa de Lula de pacificar o País após os anos de rusgas políticas na gestão Jair Bolsonaro. O lema do governo federal é “União e Reconstrução”.

Wyllys dá motivo para a tensão com sua chegada. Ele protagonizou um bate-boca com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), figura que tem mantido um bom diálogo com o Palácio do Planalto apesar do distanciamento ideológico.

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O futuro integrante da Secretaria de Comunicação Social, ainda sem cargo definido, afirmou que Eduardo Leite tem “homofobia internalizada” e “fetiche” por militares por manter as escolas cívico-militares no Rio Grande do Sul a despeito da decisão do Ministério da Educação, que derrubou a medida a nível federal, como revelado pelo Estadão. O governador chamou a declaração de “deprimente”.

Em outra postagem, Jean Wyllys afirmou que quem votou ou apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018 “estava do lado dos assassinos de Marielle Franco”. Ele disse que não respeita “essa gente”, justamente no momento em que o Centrão, antes aliado a Bolsonaro, negocia os termos do embarque no governo Lula.

“Quem votou, apoiou, financiou ou associou-se a Bolsonaro em 2018 estava do lado dos assassinos de Marielle Franco. Não respeito nem perdoou (só quem pode perdoar é Deus) essa gente!”, publicou o ex-BBB nas redes sociais.

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